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A mostrar mensagens de abril, 2017

Forças Armadas – Opinião Pública e Opinião Publicada

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Forças Armadas – Opinião Pública e Opinião Publicada Para iniciar a abordagem do tema que me propus apresentar, vou utilizar, como mote para as considerações que adiante farei, uma passagem de um artigo de Nuno Rogeiro, publicado no Jornal de Notícias de 27-08-2010. Nesse artigo, o conhecido articulista afirmava o seguinte: «Claro que, de barato, e para que fique barato, pode qualquer estado decidir desembaraçar-se das suas forças armadas, e ficar equipado apenas com polícias. Historicamente, alguém pagará pela opção, mas essas são outras contas. O que não se pode é manter forças armadas de ficção, às quais se cometem mais missões e responsabilidades, mas com cada vez menos meios.»             Quando a discussão do tema resvala para a fronteira entre a realidade e a ficção, manda o bom senso que se analise, a sério, para qual dos lados dessa fronteira se deve passar a totalidade da questão, para não tratarmos como realidade o que não passa de fantasia nem para alcunharmos d

O fenómeno da Pirataria no Golfo da Guiné

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A pirataria é um fenômeno que se concretiza no ambiente marítimo, no entanto tem suas origens enraizadas em terra firma. Não se trata, portanto de um problema exclusivamente marinho, ele é fruto de dinâmicas políticas, sociais, económicas e históricas as quais iniciaram-se em terra e levaram à pirataria marítima. A pirataria na região desperta a atenção da comunidade internacional de forma mais evidente a partir de 2011, mediante a resolução 2018 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Trata-se do primeiro pronunciamento do Conselho de Segurança sobre o assunto e expressando sua profunda preocupação com o estado da pirataria na região e encorajando os Estados e Instituições regionais a somarem esforços para contar esse avanço. Ela estabelece ainda uma força tarefa das Nações Unidas com o objectivo de realizar um exame da situação e estabelecer recomendações para reverter o quadro. O panorama da força tarefa é revelado é na resolução 2039 de 2012, o mesmo atesta um aumento do

S. Tomé e Príncipe

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No final de 1990, os avanços tecnológicos permitiram a viabilidade da produção de petróleo no fundo do mar da Nigéria e Guiné Equatorial. Os anos 2000 foram perturbados por hesitações do governo são-tomense que anulou contratos assinados com algumas empresas para estabelecer mais companhias com outras empresas. Atualmente, o petróleo ainda não foi extraído de sua própria zona económica exclusiva. Como resultado, o país ainda está no limbo deste capítulo (Vezkalnys, 2008, 2009). O possível boom do petróleo em São Tomé e Príncipe pode causar dois graves males económicos: a maldição dos recursos naturais (o paradoxo da abundância ) e a Dutch Disease (a síndrome holandesa), para retomar os termos consagrados pelos economistas. No caso de uma maldição dos recursos naturais, São Tomé e Príncipe teria um recurso natural abundante, mas sofre de um desenvolvimento económico muito lento devido à má gestão de recursos e devido à debilidade das instituições políticas ineficientes e corruptas.

Combate á pirataria no Golfo da Guiné

  O petróleo angolano representa aproximadamente quatorze por cento (14%) de toda importação chinesa do produto, fazendo de Angola o segundo maior fornecedor de petróleo do país. Contudo, a rota do petróleo angolano foge do foco de pirataria, pois esta ocorre situa-se no Cabo da Boa Esperança, o que explica o baixo grau de envolvimento da China no combate à pirataria quando comparado àquele apresentado pelos EUA e Europa. Entretanto, o comércio e o investimento são áreas que também representam a importância das relações entre os países do Golfo da Guiné e a China. O comércio e o investimento chinês com os países da CEDEAO atingiram o valor de trinta e três bilhões de dólares (U$ 33.000.000.000). Desse modo, apesar da participação chinesa no combate à pirataria ter sido bastante tímida no nível multilateral, restringindo-se a dois votos favoráveis às duas resoluções do Conselho de Segurança e às declarações de apoio às iniciativas regionais.